Política

Ministério Público reafirma segurança do processo eleitoral brasileiro em encerramento do semestre no TSE

Publicado em

29236e25-73a9-43b9-ae03-835de0416a16

Subprocurador-geral da República Humberto Jacques destacou transparência e visibilidade da Justiça Eleitoral na condução do processo eleitoral


Foto: Cadu Gomes/Secom/MPF

Na sessão de encerramento do semestre na Justiça Eleitoral, realizada nesta sexta-feira (1º), o subprocurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros reafirmou a segurança do sistema utilizado para votação e a apuração dos resultados das eleições no Brasil. Representando o Ministério Público na sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele classificou a Justiça Eleitoral como uma “justiça visível” e ressaltou a “absoluta lisura, correção e confiança” depositadas no processo eleitoral brasileiro classificado como republicano, transparente e íntegro.

Advertisement

Jacques – que exerceu a função de vice-procurador-geral Eleitoral entre 2017 e 2020 – lembrou que, nesse período, recebeu e apurou diversas dúvidas e queixas levadas ao Ministério Público sobre o funcionamento do sistema eletrônico de votação. Em todos os casos, sempre obteve respostas bem fundamentadas e ágeis da Justiça Eleitoral, capazes de afastar qualquer tipo de desconfiança em relação aos procedimentos de apuração. “Colhi, tratei e sabatinei todas as demandas levadas ao Ministério Público e sempre tive respostas fundadas, as quais me permitiram cumprir o dever constitucional de fiscalização para afirmar, com tranquilidade, que não há nada com o que se preocupar”, pontuou.

Leia Também:  Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas

O subprocurador-geral fez uma analogia dizendo que a Justiça Eleitoral funciona como um profissional de saúde que mesmo tendo realizado milhares de partos, com experiência e segurança, precisa lidar com pais preocupados, ansiosos, sem subestimar e nem superestimar essas dúvidas. Disse que é preciso ter habilidade para cumprir a tarefa de “acalmar a preocupação sem diminuí-la e nem desprezá-la” e por fim reiterou a estrutural confiança conferida ao sistema eleitoral brasileiro.

Humberto Jacques lembrou que o Ministério Público tem o dever constitucional de estar presente em todos os atos realizados pela Justiça Eleitoral. “Acompanhamos tudo o que se passa e nunca houve qualquer obstáculo nesta Corte”, afirmou. Também destacou o empenho e o profissionalismo do TSE na condução do que classificou como “um dos maiores eventos planetários, com milhões de convidados, realizado em um único dia” para a escolha dos dirigentes brasileiros.

Balanço PGE – De janeiro a junho, a Procuradoria-Geral Eleitoral, que atua em processos em tramitação no TSE, emitiu 5.445 manifestações, em ações relacionadas a registro de candidatura, propaganda eleitoral, prestação de contas, cumprimento da cota de gênero, inelegibilidades, abuso de poder político e econômico, entre outros. Também se posicionou em consultas formuladas à Corte em relação às regras das eleições gerais deste ano.

Leia Também:  Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas

No discurso de encerramento, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, ressaltou que faltam 93 dias para o primeiro turno das eleições e agradeceu a participação de ministros e servidores e do Ministério Público em todo o processo de organização do pleito. Ele apresentou balanço da atuação no primeiro semestre, em que mais de 5 mil processos foram concluídos, 778 acórdãos proferidos e 73 resoluções expedidas, com regras para as eleições.

Advertisement

Fachin também reafirmou a segurança da urna e dos sistemas eletrônicos de apuração, destacando que todo o processo passa por auditoria acompanhada por diversos atores, como os próprios partidos políticos, o Ministério Público e a sociedade. Tais medidas, segundo o presidente do TSE, garantem a proteção do sigilo e a veracidade do voto. “Em 2022, haverá eleições livres, seguras e auditáveis, que exprimirão a vontade da população brasileira, respeitando a legitimidade do verdadeiro e único titular do poder no Brasil, que é o povo”, concluiu.

COMENTE ABAIXO:
Click to comment

You must be logged in to post a comment Login

Leave a Reply

CIDADES

Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas

Published

on

O Senado aprovou nesta terça-feira (16), em dois turnos, a proposta que inclui na Constituição Federal a criminalização da posse e do porte de qualquer quantidade de droga ilícita. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teve 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários no segundo turno.

Apresentada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição Federal para considerar crime a posse e o porte, independentemente da quantidade de entorpecentes e drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. Segundo a proposta, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência.

Pacheco esclareceu que a PEC faz uma ressalva sobre a impossibilidade da privação de liberdade do porte para uso de drogas. “Ou seja, o usuário não será jamais penalizado com o encarceramento”, disse. Ele também destacou que a utilização de substâncias derivadas de drogas ilícitas para uso medicinal não será afetada pela PEC.

Atualmente, a Lei nº 11.343, de 2006, conhecida como Lei das Drogas, estabelece que é crime vender, transportar ou fornecer drogas. A pena é de reclusão de cinco a 15 anos, além de multa. Adquirir, guardar,  transportar ou cultivar drogas para consumo pessoal também é considerado crime pela lei atual, mas neste caso as penas previstas são advertência, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. A legislação não estabelece uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois delitos.

Advertisement

Ao justificar a apresentação da PEC, Rodrigo Pacheco argumenta que não há tráfico de drogas se não há interessados em adquiri-las. “O traficante de drogas aufere renda – e a utiliza para adquirir armamento e ampliar seu poder dentro de seu território – somente por meio da comercialização do produto, ou seja, por meio da venda a um usuário final”, diz.

Leia Também:  Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas

As propostas de emenda à Constituição devem ser aprovadas em dois turnos de votação, precedidos de cinco e duas sessões de discussões em Plenário, respectivamente, para entrarem em vigor. Uma PEC é aprovada quando acatada por, no mínimo, três quintos dos senadores (49 votos), após dois  turnos de deliberação.

Após aprovada no Senado, a proposta seguirá para a análise da Câmara dos Deputados. Para que a mudança seja incluída na Constituição, a PEC precisa ser aprovada nas duas Casas do Congresso.

Votação no STF

A aprovação da PEC pelo Senado é uma resposta ao Supremo Tribunal Federal, que  também avalia a questão do porte de drogas. O julgamento do tema foi suspenso em março por um pedido de vista apresentado pelo ministro Dias Toffoli. Antes da interrupção, o julgamento está 5 votos a 3 para a descriminalização somente do porte de maconha para uso pessoal.

No recurso analisado, o STF julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e o comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

Advertisement

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvo de inquérito policial e de processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

Leia Também:  Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime.  O acusado foi detido com 3 gramas de maconha.

Debate

A votação em plenário foi precedida de debate entre senadores contrários e favoráveis à PEC. Marcos Rogério (PL-RO) disse que a PEC vem em defesa da sociedade brasileira. Segundo ele, um terço das prisões do país se dá em razão das drogas. “Mas não porque são usuários, mas porque são traficantes, que atormentam as famílias brasileiras”.

O senador Humberto Costa (PT-CE) disse que a PEC amplia a discriminação contra pessoas pobres, negras e marginalizadas e defendeu que a mudança vai desestimular os usuários de drogas a buscarem o tratamento adequado. “Procurar o serviço de saúde será reconhecer a condição de usuário e dependente e, portanto, estar submetido à possibilidade de ser criminalizado e responder a vários processos”.

Em seu relatório, o senador Efraim Filho (União-PB) destacou a nocividade social e de saúde pública que as drogas proibidas geram. “Nesse contexto, vale destacar que a simples descriminalização das drogas, sem uma estrutura de políticas públicas já implementada e preparada para acolher o usuário e mitigar a dependência, fatalmente agravaria nossos já insustentáveis problemas de saúde pública, de segurança e de proteção à infância e juventude”, disse.

Advertisement

 

EBC

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

GRANDE CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA